Comumente as pessoas se referem ao “bom e mau” colesterol, mas muitas vezes essa designação pode gerar dúvidas e atrapalhar o entendimento sobre o assunto. Mas afinal o que é ser bom e ser ruim???
O colesterol é um lipídeo do grupo dos esteróides que tem origem endógena 70% (produzida pelo próprio organismo, principalmente pelo fígado) e origem exógena 30% (adquirida através da alimentação). Ele exerce papel fundamental no metabolismo do organismo: participa da produção dos hormônios sexuais (testosterona, progesterona); da formação das membranas celulares; da produção da bile; do metabolismo de algumas vitaminas. Por ser uma molécula insolúvel em água e, consequentemente, no sangue, é necessária a presença das lipoproteínas para que ocorra o seu transporte pela corrente sanguínea. As principais lipoproteínas são:
● VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa): transportam colesterol e triglicerídeos do fígado para os tecidos;
● LDL (lipoproteína de densidade baixa, pois possuem mais gordura-colesterol- e menos proteínas): transportam colesterol do fígado para os tecidos;
● HDL (lipoproteína de densidade alta, pois apresentam mais proteínas e menos gorduras): transportam colesterol dos tecidos para o fígado, ou seja, retiram o colesterol da circulação sanguínea.
Baseando-se na função exercida pelas lipoproteínas HDL e LDL, é que, popularmente, denomina-se colesterol bom e colesterol mau, respectivamente. Portanto, o colesterol ruim (LDL) é assim chamado, pois quando em excesso pode ser depositado nas paredes das artérias, causando vários problemas cardiovasculares como a aterosclerose.
Em uma pesquisa feita com 1130 adultos com 65 anos ou mais moradores de Nova York, EUA, demostrou que pessoas as quais possuíam altos níveis de HDL na corrente sanguínea possuem menor probabilidade de desenvolver o mal de Alzheimer. Como essa doença só pode ser oficialmente diagnosticada após a autópsia, as pessoas que apresentavam os sintomas da doença eram classificadas como prováveis. Durante certo tempo, os participantes foram submetidos a exames psicológicos e neurológicos e com base nos resultados os cientistas observaram que dos 101 participantes que desenvolveram o mal de Alzheimer, 89 eram classificados como prováveis.
No final da pesquisa os pesquisadores constataram que as altas taxas de HDL no sangue possivelmente podem diminuir o risco de sofrer derrame, fator que está diretamente associado com o aumento da incidência de Alzheimer. Uma provável explicação pode também estar relacionada com o fato que o HDL ajuda a impedir que a proteína da doença se forme no cérebro.
Referências Bibliográficas:
Postado por: Marília Barreto M. P. Lima
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