sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A outra face da soja

Quem nunca ouviu falar que a soja é um ótimo alimento, riquíssima em proteína, benéfica a diversas áreas do organismo e previne uma série de doenças? A soja veio ganhando espaço nas mesas dos brasileiros e não faltam profissionais que recomendem sua ingestão. Suas vantagens se estendem desde a superação dos efeitos da menopausa até a prevenção diversos tipos de câncer, aumentar a expectativa de vida, diminuir o risco de doenças do coração. Mas, nesse ambiente de tanta confiabilidade, surgem dúvidas quanto aos efeitos colaterais.
Na composição da soja estão presentes duas drogas naturais: genisteína e daidzeína. Ambas agem de forma parecida com o estrógeno (hormônio feminino), sendo até conhecidas como fitoestrógenos (substâncias semelhantes aos estrógenos produzidas por plantas). Portanto, não é adequado o consumo excessivo dessa substância, principalmente por homens, como afirma urologista Renato Fraietta, diretor do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia e médico do Setor de Reprodução Humana da Unifesp (SP): “Os fitoestrógenos têm o efeito do hormônio feminino e podem provocar alterações hormonais e até causar ginecomastia, que é aumento do volume mamário nos homens”. E segundo a nutricionista, Flavia Pagano, o exagero de consumo de produtos de soja por homens vegetarianos, confirmou o efeito. ''É como se o homem em questão tivesse se tratado com estrógenos (ou seja, hormônios da mulher). Este tipo de problema é raro, e com a suspensão temporária dos produtos de soja, a ginecomastia tende a regredir''.
Outro efeito colateral foi discutido por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos que publicaram na revista científica Human Reproduction estudo que revela a redução de espermatozóides durante o consumo de soja. Os pesquisadores observaram que os participantes que consumiam em média uma porção de comida à base de soja em dias alternados, apresentavam uma redução de 41 milhões no número de espermatozóides, sendo que a concentração considerada normal de espermatozóides no sêmen fica entre 80 e 120 milhões por mililitro. A possível explicação, segundo a pesquisa, está na alta quantidade de isoflavonas, substância de efeitos parecidos aos do estrogênio (hormônio feminino), encontradas em grande quantidade nas proteínas da soja. E em Belfast, na Irlanda do Norte, pesquisadores do hospital Royal Victoria, têm se dedicado ao estudo desde 2004 e divulgam os mesmos resultados.
Entretanto, ainda não há um consentimento geral a cerca do assunto, muitos profissionais afirmam que para ser oficializado o resultado das pesquisas, deve-se repetir outras vezes os estudos em mais instituições diferentes para confirmar os resultados. A nutricionista Elaine Cristina de Melo não considera nenhum dano atribuído à soja, afirmando: ''Até hoje as pesquisas sempre apontaram benefícios. Ela é utilizada tanto para ajudar na reposição dos hormônios femininos na menopausa como também para diminuir os sintomas da andropausa, que é o período de queda da taxa hormonal no homem durante o processo de envelhecimento. O importante é usar a soja nas devidas proporções. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aponta que seu uso deve ser de até 25g diários para se obter benefícios''
Portanto, realmente, o ideal é consumir a soja, e todos os outros alimentos, com equilíbrio e sem exagerar. O extremismo não é a melhor opção, pois a soja possui muitos nutrientes benéficos, contudo a administração da quantidade é essencial!

Bibliografia:

Andressa Gomes Barros

Amamentação exclusiva até os 6 meses, é mesmo interessante?

Algo bastante divulgado pelos sistemas de saúde mundiais, seguindo os passos da OMS é que o aleitamento materno exclusivo  durante os primeiros seis meses de vida do bebê supre suas necessidades. Os autores que falam sobre aleitamento, normalmente indicam a suplementação, com papinhas e sucos,apenas para crianças entre 4 e 6 meses que não estejam tendo ganho de peso adequado para a idade ou que não se satisfaçam apenas com o leite da mãe.  As literaturas também afirmam não haver necessidade de oferecer água, chás ou suco, já que o leite materno, composto basicamente por altos teores de gordura e açúcares, seria o exclusivo necessário para o desenvolvimento físico e mental dos bebês.
 É certo que a amamentação exclusiva até os seis meses para aquelas crianças que não tem acesso à água potável e uma alimentação que supra suas necessidades é melhor para que se evite os riscos de infecções e de desnutrição, mas em uma cidade de primeiro mundo, que pode oferecer excelentes condições de vida para uma criança a situação é outra. Um estudo publicado no jornal da Associação Médica Britânica levanta algumas questões em relaoção às orientações da OMS, levando em consideração pontos realmente interessantes e que realmente nos deixam dúvidas sobre o aleitamento exclusivo. Os pesquisadores afirmam que há um maior risco de anemia por deficiência de ferro, maior incidência de doença celíaca e de alergias alimentares nessas crianças que são alimentadas apenas com leite materno até os seis meses de vida. Outro aspecto levantado é o do paladar, essa alimentação exclusiva pode aumentar a probabilidade de rejeição das crianças à alimentos amargos, que são saudáveis, como os legumes verdes. Isso pode afetar a alimentação saudável na vida adulta e predispor a pessoa a desenvolver diabetes.
A equipe de pesquisa chega, então, a conclusão de que é hora da OMS rever seus conceitos. Mas enquanto novas recomendações não nos são repassadas é sempre importante lembrar que ter as orientações de um nutricionista na hora de alimentar o seu bebê pode ser essencial para o desenvolvimento de uma vida saudável.





Referências Bibliográficas:
- TIRAPEGUI, J. Nutrição: Fundamentos e aspectos atuais. Segunda edição. Editora: Atheneu Rio.
-Redação do diário da saúde. Cientistas questionam amamentação exclusiva por seis meses. Diário da saúde. Disponível em:< http://www.diariodasaude.com.br>

Postado por: Ana Maria Maya

domingo, 23 de janeiro de 2011

O “milagre” da Ração Humana


A Ração Humana esta cada vez mais presente na alimentação e no acompanhamento de refeições durante o dia-dia, ela é composta por um combinado de ingredientes que trazem uma série de benefícios ao organismo.

Os ingredientes presentes na Ração, são compostos frequentemente indicados por nutricionistas, como: Agar Agar, quinua, germe de trigo e outros, porém a difusão desta mistura de alimentos ganhou destaque com as promessas de dietas milagrosas e a publicidade feita em cima do produto, a começar pelo nome, que transmite a falsa impressão de possuir todos os nutrientes necessários da dieta.

A Ração é realmente emagrecedora?

A sua utilização de fato auxilia na perda de peso, pois estabiliza o sistema digestivo e possui alimentos que diminuem a absorção da gordura, como por exemplo a aveia que além de dificultar a absorção da gordura pelo organismo também é responsável por fortalecer o músculo cardíaco, pele e cabelos.

Outros fatores que auxiliam no emagrecimento são a regulação do intestino promovida pela linhaça, e o alto teor de fibras que aumenta a sensação de saciedade do organismo, fibras estas encontradas na própria aveia, fibra de trigo e gergelim.

A Ração Humana pode substituir uma refeição?

A mistura é rica em micronutrientes, entre eles o ferro o magnésio, e em cálcio e fósforo, encontrados respectivamente no açúcar mascavo, e nas amêndoas; Possui aminoácidos provenientes do colágeno, fundamental para o enrijecimento de músculos; Apresenta ainda vitaminas essências ao metabolismo provenientes da castanha, como riboflavina e tiamina, e vitamina C.

Apesar de ser altamente saudável a Ração Humana não supre as necessidades nutricionais de um individuo, e não substitui refeições, devendo esta apenas acompanhá-las.

Como deve ser feito o consumo?

A recomendação dos nutricionistas é que os alimentos sejam preferencialmente comprados e misturados em casa, para que se saiba a procedência e para que as propriedades nutritivas sejam preservadas. Seu consumo pode ser feito juntamente com leite de soja ou mesmo acompanhando frutas, e outros alimentos. Observa-se também que o consumo de água ao longo do dia deve ser frequente, para que seja potencializado o efeito das fibras.



                                    Rafael Rioja Arantes

Adeus TPM ?

Uma pesquisa realizada com 120 mulheres na faixa etária de 17 a 37 anos, na Universidade Federal do Piauí (UFPE) revelou que a ingestão diária de pílulas de ácidos graxos diminui os sintomas da temida TPM.
Os ácidos graxos são componentes orgânicos, ou seja, possuem carbono e hidrogênio em suas moléculas. Esse ácidos são produzidos quando as gorduras são quebradas, eles se dividem em 3 tipos: monoinsaturados, poliinsaturados e saturados. Esses componentes lipídicos desempenham importantes funções na estrutura nas membranas celulares, nos processos metabólicos, manutenção das  funções cerebrais e impulsos nervosos. Mas o tipo de ácido graxo  que nos interessa agora é o poliinsaturado, também chamado de ácido graxo essencial já que não é produzido pelo nosso organismo. Eles são o ácido linolênico (Omega 3) encontrado em peixes e óleos de peixe e o ácido linoléico (Omega 6) encontrado em óleos vegetais.
As mulheres que participaram da pesquisa foram acompanhadas durante 8 meses, sendo 2 meses antes do inicio do tratamento e os próximos 6 com a ingestão de cápsulas. Segundo Edilberto  Rocha Filho, autor do estudo e médico-assistente da UFPE diz que os primeiros sinais de melhora apareceram nos primeiros três meses e não houve danos à saúde das mulheres. É importante salientar também, que os níveis de colesterol se mantiveram normais.
Ainda não se sabe ao certo  qual é o efeito dos ácidos graxos no organismo durante esse período de tensão pré menstrual, nem existem comprovações cientificas de sua eficácia, mas a prescrição feita por alguns ginecologistas desses óleos durante esse período não é novidade. Claro que eles não fazem milagres sozinhos, mas juntamente com uma dieta equilibrada e com a pratica de exercícios físicos pode ser um excelente aliado das mulheres que passam por esse transtorno todos os meses.

Referências Bibliográficas:
http://www.infoescola.com/bioquimica/acidos-graxos/




Postado por: Ana Maria Maya

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A importância do café da manhã

Muitas pessoas dão pouca importância ao café da manhã, e o fazem com pressa, a caminho do trabalho ou da escola, quando o fazem. Existem aqueles que dizem que não querem ‘gastar’ calorias no café da manhã, que não fazem a primeira refeição porque não querem engordar ou por ficarem enjoados ao pensar nessa refeição. Essas pessoas deveriam rever seus hábitos pois o café da manha é excelente para o bom funcionamento do organismo, ajudando na fisiologia e metabolismo. Estudos realizados em Harvard, durante oito anos, mostram inclusive que a falta do café da manhã pode predispor o indivíduo ao desenvolvimento de diabetes, obesidade e enfarto.
 Como não há ingestão de nutrientes durante a noite o organismo utiliza cerca de 500 calorias para manter a respiração e outras funções vitais, provocando uma diminuição dos níveis de glicose que é a principal fonte de energia para o cérebro e músculo. Então aquele sentimento que temos, ao acordarmos, de noite mal dormida, na verdade é apenas o nosso organismo demonstrando que precisa de energia.  Para começar bem o seu dia, a ingestão de nutrientes é necessária para fazer essa manutenção do metabolismo, melhorando a capacidade de concentração e aprendizado. Em Boston foram feitos experimentos com alunos demonstrando que aqueles que tomavam o seu café da manhã corretamente tinham um maior desenvolvimento da memória, maior velocidade de raciocínio e uma maior taxa de aprendizado em matemática e leitura. Então hoje os EUA tem o programa Café da manhã na escola.
Algumas pessoas acreditam que estão ‘economizando’ calorias ou emagrecendo, ao não tomar o café da manhã. Isso é um mito porque além de o desjejum matinal acelerar o metabolismo, que foi desacelerado durante a noite, quem pula a primeira refeição acaba exagerando na próxima. Esse exagero acaba gerando uma sobrecarga metabólica, pois as células vão absorver todos os nutrientes e armazenar gordura, para se preparar para um próximo pico de baixa energia. Uma pesquisa inclusive revela que obesos tiveram que se adaptar ao desjejum matinal diário para perderem peso.
A ingestão de nutrientes também pode trazer uma melhora no humor, já que quando comemos o nosso organismo libera um hormônio chamado serotonina que traz sensação de bem estar e melhora o humor ! Além de tudo isso, um bom desjejum com cereais, proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, vitaminas e minerais traz uma maior imunidade. E para finalizar com mais um bom motivo para que você comece a considerar seu café da manhã extremante importante, os chineses acreditam que ficar com fome vai contra a natureza de todo o ser vivo e também que o período da manhã é o período de maior quantidade de energias boas, considerando assim o desjejum essencial para a longevidade.

Referências Bibliográficas:



Postado por: Ana Maria Maya

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Fique atento: alguns alimentos podem sabotar a sua dieta.

Hoje em dia a busca pelo corpo perfeito faz aumentar a procura por dietas, que aliadas com exercício físico, auxiliam na perda de peso. Estão na “moda” dietas milagrosas que prometem a perda rápida de peso. Na verdade, elas podem se tornar desagradáveis, pois, normalmente, há a perda de peso sem qualidade, o que acarreta o chamado efeito sanfona. Isso acontece porque tais dietas podem restringir algum nutriente fundamental para o organismo, além de resultar apenas na perda de líquidos.
             A alteração dos hábitos alimentares geralmente traz efeitos benéficos, atingindo, assim, uma mudança significativa no corpo. Contudo, algumas vezes isso não acontece e a explicação pode estar nos alimentos que compõem a dieta. Muitas pessoas, por desconhecimento, consomem alguns alimentos acreditando serem leves, saudáveis e adequados para a sua dieta. No entanto, muitos deles são calóricos e possuem altas taxas de gorduras, o que pode atrapalhar.
            Alguns alimentos que exigem cautela na hora do consumo:
1.    Granola
Este mix de cereais, frutas secas e castanhas leva fibras e vitaminas que dão saciedade e energia, mas também contém açúcar. Invista na versão diet/light da mistura. Em 100 g de granola tem 421 calorias. É recomendado que se coma granola no café da manhã para ganhar mais energia e ainda ter o dia inteiro para gastar as calorias.



2.    Água gaseificada e com sabor
Beber água para hidratar o corpo é essencial para a nossa sobrevivência e para a manutenção e perda de peso. Com base nisso, muitas pessoas acabam ingerindo esse tipo de água em excesso. Contudo, estas não devem ser consumidas em grande quantidade, já que apresentam altas concentrações de aditivos, adoçantes e, às vezes, até açúcar.


3.    Saladas perigosas
A salada costuma ser uma opção leve e refrescante, principalmente para aquelas pessoas que querem perder peso, mas aquelas temperadas com molhos prontos, azeite, queijos, azeitonas e croutons devem ser evitadas porque costumam possuir muitas calorias e gordurosas saturadas. Uma opção mais saudável é um prato de salada de folhas verdes, tomate, pepino e palmito, temperada com molho de iogurte desnatado e acompanhada de uma proteína mais leve, como o peito de frango ou peixe grelhado.


4.    Açaí
A fruta da região amazônica faz sucesso, principalmente nas épocas de calor, pois proporciona uma sensação de refrescante. Apesar de ser rico em nutrientes (principalmente: cálcio, ferro, vitamina B1), o principal problema do açaí é a quantidade de calorias, são 248 calorias em 100 gramas. Outro problema são os complementos que normalmente são consumidos juntamente como: granola, banana picada e leite condensado. O ideal é consumir o açaí puro e, que seja em substituição ao lanche da manhã ou da tarde.


5.    Comida japonesa
Um dos alimentos que as pessoas mais gostam da culinária japonesa é o sushi. Apesar de ser feito com alga, vegetais e frutos do mar, o alimento tem a base de arroz e, às vezes, recheios calóricos como o cream cheese. Sem contar as versões fritas.  O sushi têm entre 20 e 45 calorias cada um. Portanto, o seu consumo deve ser equilibrado.




6.    Refrigerante light ou zero
Os refrigerantes desse tipo não possuem calorias, mas um outro elemento do refrigerante causa preocupação nos especialistas: o adoçante. Os especialistas alertam que quanto maior for o consumo de adoçantes, maior fica o desejo por doces. Estudos apontam o efeito do adoçante nas papilas gustativas fazendo com que fiquem mais receptivas ao sabor doce.



7.    Barrinhas de cereais
As barrinhas de cereais são ótimas opções para os lanches intermediários, mas contêm, em média, 100 calorias, portanto não devem ser ingeridas à vontade. As que possuem cobertura de chocolate costumam ser as com mais calóricas.


 Diante dessas dicas, o que realmente deve ser feito é uma reeducação alimentar acompanhada por um nutricionista, para que o emagrecimento seja atingido de maneira saudável. Para isso, a dieta recomendada pelo nutricionista deve ser além de quantitativamente suficiente e qualitativamente completa, harmoniosa em seus componentes e adequada à sua finalidade. Vale lembrar que cada dieta deve ser específica para cada pessoa, ou seja, cada um de nós possui necessidades metabólicas diferentes e por isso devemos seguir dietas diferenciadas.
Referências bibliográficas:

Postado por: Marília Barreto M. P. Lima

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Atletas vegetarianos X Atletas onívoros





Tem sido cada vez mais comum a substituição das carnes de origem animal na alimentação e a adoção do 
vegetarianismo, em busca de uma vida mais saudável, seja por motivos culturais, religiosos ou filosóficos. Por definição, segundo a União Vegetariana Internacional, ser vegeratiano corresponde "a prática de não comer carne, aves, peixes ou seus subprodutos, com ou sem uso de laticínios e ovos". Existem ainda os Veganos, grupo de pessoas que seguem conceitos éticos com base na proteção dos animais, não consumindo nenhum produto(alimentar ou não) de origem animal.

Grande parte da população tem adotado este novo estilo de vida, e tem-se observado um grande numero de atletas aderindo a esta nova forma de alimentação. Apesar de os estudos publicados acerca do tema serem escassos para se ter uma confirmação cientifica, já foram descobertos algumas divergências quanto ao rendimento esportivo.
  
Capacidade aeróbica
No que diz respeito a capacidade aeróbica, artigos publicados desde 1970 observam que não há diferença cardiovascular significativa entre o grupo dos vegetarianos e os não-vegetarianos, mas ressalta-se que o grupo que não come carne, tem predominantemente a sua dieta baseada em: carboidratos, fibras dietéticas, magnésio, potássio, folato, cobre antioxidantes e fitoquímicos, que são essências para minimizar os efeitos oxidativos a nível celular, combatendo o envelhecimento e sendo importante em esportes de endurance.

Força muscular
Apenas um trabalho publicado em 1999, por Hebbelinck, constatou uma pequena desvantagem muscular do grupo vegetariano em relação ao onívoro, acrescentando no fechamento de seu trabalho porém, que é prematuro tirar conclusões definitivas sobre a questão, pois pouco se tem publicado sobre o tema.

Vale ressaltar que pesquisas constataram que atletas que cortaram a carne de sua alimentação apresentaram uma baixa ingestão de riboflavina, cobalamina, vitamina D, cálcio e selênio, que a longo prazo diminui a massa óssea, por prejudicar a sua fixação. Também foi observada uma diminuição na ingestão de ferro, que pode levar ao quadro de anemia, interferindo de forma negativa no desempenho do atleta, à medida que limita o transporte de oxigênio para os músculos em atividade.

A prática vegetariana pode proporcionar diversos benefícios à saúde humana, desde que bem planejada para atender às necessidades nutricionais. E o mais importante é salientar que cai por terra o mito de que ser vegetariano é incompatível com a prática esportiva.

                                                                          Postado por : Rafael Rioja Arantes

Bibliografia: Correio Braziliense, terça feira, 4 de janeiro de 2011.
http://hi5.com/friend/p387703779--Vegetarianismo--html




domingo, 16 de janeiro de 2011

Vale a pena acrescentar Lichia ao cardápio? Sim!!

A lichia é uma fruta de origem chinesa e seu cultivo é conhecido desde 1500 a.C., mas no Brasil seu consumo é mais recente. A primeira lichierira, no Brasil, foi plantada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro em 1810 e só foi comercializada 160 anos depois! Hoje ela é cultivada, principalmente, em São Paulo. A melhor colheita se faz no período de novembro a janeiro, acompanhando o mercado nessas épocas de festas de final de ano, quando a procura é maior. Ela tem uma casaca vermelha e bem rugosa, sendo fácil de ser descascada. Já a polpa é gelatinosa e translúcida, lembrando o aspecto da uva, tem um excelente sabor, vale a pena experimentar!
Além de saborosa, ela pode ser um aliado no controle da tão odiada “barriguinha”. “A licha tem apenas 6 calorias, o que representa, mais ou menos, 0,3% do que um adulto pode comer ao longo de um dia”, estima a nutricionista Raquel Magalhães, do Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. E para melhorar, a leveza da fruta não é o único argumento a favor na discussão de estratégias antiobesidade, como mostrou um estudo realizado pela Universidade de Hokkaido, no Japão, que analisou a perda de gordura abdominal em voluntários que receberam extrato de lichia. “Ao final de dez semanas, eles derreteram 15% a mais de gordura na região da barriga do que os participantes tratados com placebo”, explica o médico Jun Nishihira, que conduziu a pesquisa. E ele revelou sua suspeita, de que o efeito se devia à cianidina.
A cianidina é um pigmento que tinge a casca de vermelho e, apesar da polpa ser branca, há também sua presença, ainda que em quantidades bem menores, e mesmo assim, continua sendo eficiente na ação sobre as gorduras. “Vale lembrar que não existem alimentos milagrosos para o emagrecimento”, alerta Mirian Martinez, nutricionista do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. “A lichia pode, sim, dar uma força se associada a uma dieta equilibrada e à prática de atividade física para cumprir essa função.” Não adianta se esbaldar com ela e, em seguida, comer uma série de alimentos calóricos. Lembrando que a cianidina também tem ação antioxidante, ou seja, ajuda no combate contra o envelhecimento precoce e diversas doenças. Dentro do organismo, essas substâncias doam elétrons aos radicais livres, estabilizando-os e impedindo que provoquem alterações celulares. “Ao captar os radicais livres, as antocianinas colaboram para prevenir problemas cardíacos e câncer”, afirma Eliana Vellozo, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo.

Além disso, a lichia também é uma fonte rica em vitamina C e em potássio. “A vitamina estimula o sistema imunológico, aumenta a resistência às infecções, auxilia a cicatrização de feridas, aumenta a absorção do ferro pelo intestino e evita o envelhecimento precoce”, enumera Carla Christimann, nutricionista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. É importante ressaltar que por conter vitamina C, a fruta deve ser armazenada em locais frescos e sombreados, pois se for exposta ao calor ou a luz, pode-se perder essa substância. Já o mineral que aparece em maior quantidade, o potássio, “atua no equilíbrio da água do organismo, ajuda no armazenamento de proteínas musculares, na função renal, na contração do músculo cardíaco e no relaxamento muscular em geral”, diz Solange Saavedra, gerente técnica do Conselho Regional de Nutrição de São Paulo e Mato Grosso do Sul.  
Portanto, aliar atividades física à uma alimentação balanceada e à ingestão de lichias, pode ser bem interessante!!
Curiosidade:
Em uma porção de 100 g (aproximadamente dez unidades sem casca)

Valor energético.............66 cal
Carboidratos..................16,53 g
Proteínas........................0,83 g
Gorduras........................0,44 g
Fibras.............................1,3 g
Cálcio.............................5 mg
Fósforo...........................31 mg
Ferro...............................0,31 mg
Potássio..........................171 mg
Vitamina C.......................71,5 mg
Tiamina...........................0,01 mg
Ribofl avina.....................0,065 mg
Niacina............................0,6 mg
Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

Andressa Gomes Barros
Fontes bibliográficas:
-http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612004000400036&lang=pt
-Revista Saúde!, edição de dezembro de 2010

BEBER ÁGUA GELADA EMAGRECE?


Para qualquer um que queira perder peso essa pergunta é estimulante. Se você simplesmente quer saber se seu corpo queima calorias para aquecer a água, a resposta é sim. Mas afirmar que isso influencia na sua perda de peso ou na manutenção do mesmo é diferente.
Para entender como funciona é necessário entender primeiramente o conceito de calorias. Calorias, com c maiúsculo, são aquelas usadas para descrever a quantidade de energia contida nos alimentos e calorias, com c minúsculo, é definida como a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de 1 grama de água em 1̊C.   
Assim, considerando que a definição de uma caloria é baseada na elevação da temperatura da água, é seguro dizer que seu corpo queima calorias quando tem que elevar a 
temperatura da água gelada a sua temperatura corporal.
Para descobrir exatamente o que nosso corpo queima quando ingerimos 500 mL de água, vamos levar em conta algumas considerações:
  • A temperatura da água gelada pode ser estimada em 0˚C
  • A temperatura do corpo pode ser estimada em 37˚C
  • É necessário 1 caloria para elevar a temperatura de 1g de água em 1 ̊C
  • Há aproximadamente 500g em 500mL de água
Nesse caso, portanto, seu corpo queima 18.500 cal, mas essas calorias, com c minúsculo, equivalem a 18,5 Cal ( 1Cal = 1kcal = 1000 cal). E, numa dieta de 2000 Cal, essa quantidade não é muito significativa. Supondo que o recomendado é uma ingestão de no mínimo 2L de água por dia ao final de uma semana, seu corpo queimará 2220 Cal extras. Assim, você definitivamente não deve depender do consumo de água gelada para substituir o exercício ou uma dieta saudável; beber água fria em vez de água morna, de fato, queima algumas calorias extras, porém não é o bastante para garantir uma perda de peso.



Catarina Tenório


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Colesterol “bom” pode diminuir risco de Alzheimer

      Comumente as pessoas se referem ao “bom e mau” colesterol, mas muitas vezes essa designação pode gerar dúvidas e atrapalhar o entendimento sobre o assunto. Mas afinal o que é ser bom e ser ruim???

           O colesterol é um lipídeo do grupo dos esteróides que tem origem endógena 70% (produzida pelo próprio organismo, principalmente pelo fígado) e origem exógena 30% (adquirida através da alimentação). Ele exerce papel fundamental no metabolismo do organismo: participa da produção dos hormônios sexuais (testosterona, progesterona); da formação das membranas celulares; da produção da bile; do metabolismo de algumas vitaminas. Por ser uma molécula insolúvel em água e, consequentemente, no sangue, é necessária a presença das lipoproteínas para que ocorra o seu transporte pela corrente sanguínea.  As principais lipoproteínas são:
● VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa): transportam colesterol e triglicerídeos do fígado para os tecidos;
● LDL (lipoproteína de densidade baixa, pois possuem mais gordura-colesterol- e menos proteínas): transportam colesterol do fígado para os tecidos;
● HDL (lipoproteína de densidade alta, pois apresentam mais proteínas e menos gorduras): transportam colesterol dos tecidos para o fígado, ou seja, retiram o colesterol da circulação sanguínea.
Baseando-se na função exercida pelas lipoproteínas HDL e LDL, é que, popularmente, denomina-se colesterol bom e colesterol mau, respectivamente. Portanto, o colesterol ruim (LDL) é assim chamado, pois quando em excesso pode ser depositado nas paredes das artérias, causando vários problemas cardiovasculares como a aterosclerose.
            Em uma pesquisa feita com 1130 adultos com 65 anos ou mais moradores de Nova York, EUA, demostrou que pessoas as quais possuíam altos níveis de HDL na corrente sanguínea possuem menor probabilidade de desenvolver o mal de Alzheimer. Como essa doença só pode ser oficialmente diagnosticada após a autópsia, as pessoas que apresentavam os sintomas da doença eram classificadas como prováveis. Durante certo tempo, os participantes foram submetidos a exames psicológicos e neurológicos e com base nos resultados os cientistas observaram que dos 101 participantes que desenvolveram o mal de Alzheimer, 89 eram classificados como prováveis.
             No final da pesquisa os pesquisadores constataram que as altas taxas de HDL no sangue possivelmente podem diminuir o risco de sofrer derrame, fator que está diretamente associado com o aumento da incidência de Alzheimer. Uma provável explicação pode também estar relacionada com o fato que o HDL ajuda a impedir que a proteína da doença se forme no cérebro.

Referências Bibliográficas:
Postado por: Marília Barreto M. P. Lima